"Que apesar dos pesares conserva o bom-humor, caça nuvens nos ares, crê no bem e no amor."
Carlos Drummond de Andrade

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Cais do porto


Vou embora desta cidade
antes que seja tarde...
eu vou, e não volto  mais...
vou até o cais 
antes que anoiteça,
e eu me esqueça de como é o horizonte
eu vou ao porto com gosto 
vou sem hora, sem demora
aventurar-me em outros mares 
aqui não posso mais ficar
no ansiar por novos ares 
vou sem rumo, sem rota
sem medo de derrota
procurar a outra parte
que não é minha metade
e sim, complemento de mim...
não sei quanto tempo navegarei 
e nem onde encontrarei
se no começo, meio ou fim...
complemento de mim...
Lene Soares

4 comentários:

  1. Estou me arrepiando com o poder de tua poética.
    Está cada vez mais singela, mais bela e profunda. Parabéns.

    Paz e bem

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  2. Ah! Thiago, querido amigo, poeta...
    :) Muito obrigada! Fico feliz com seu comentário, me motiva a prosseguir.

    Paz e bem!

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  3. Lene, encantado com sua escrita, são poemas de quem escreve com arrebatamento, com alma...
    Grato pela visita e participação no Egrégora.
    Um afetuoso abraço.

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  4. :) Luiz, muito obrigada pelas palavras!
    Seja sempre muito bem-vindo!

    Abraço afetuoso.

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