Quase sempre te escrevo...
mas ando com o coração
desanimado...
as palavras que te entrego
parecem que adormecem
no espaço, e no tempo...
preciso de um vento
forte que as impulsione,
e as façam chegar até você...
talvez algumas cheguem
na calada da noite,
e beijem teus lábios com
doçura e despertar...
e, outras te abracem
com o calor do amor que
mora no meu peito...
o cansaço bate a porta,
e você não chega...
minhas palavras não te tocam,
já nem sei se existes...
meus sonhos viajam todos
os dias no seu universo...
e você, sem forma e sem nome, existes
no silêncio, obscuro, disperso, distante...
teu corpo, teu rosto, teu nome, teu cheiro,
teu coração, tua existência...
tudo! - o espaço me consome...
e eu, só conheço essa tua ausência...
sei que hoje me encontrei com o luar,
que ouviu o silêncio de nós dois...
e a estrela que lê meus pensamentos estava
lá, num céu aberto e lindo...
céu, estrela, luar
e eu, a pensar em ti...
meu coração ainda diz,
que em breve estarei no teu olhar...
que a força do meu amor te tocará...
que você ficará de mãos dadas com o meu sorriso...
te espero meu amor!
Lene Soares
Fiquei boquiaberto com a beleza deste poema.
ResponderExcluirO amor, o sentimento de espera, fiquei contido em cada palavra lançada ao vento, que ele leve-as na esperaça de reencontrar novamente o amor.
Esse é o seu estilo, poemas de amor, não corre no cliche de rimar amor com dor, beijo com ardor, mas tem existência profunda e bela.
Parabéns.
Beijos
Vou correr atrás desse vento recolhendo as palavras contidas nesse sentimento...
ResponderExcluirLindo!!!Lu.Eu vou roubar esse poema!!!!!!
Parabéns pelo poema, e um ramo de rosas para ti como retribuição...
ResponderExcluirSujeição Ante o Resultado Acontecido...
Ao luar, entre as diatribes da luz
Das coisas, das sombras esmaecidas
Recordo agora, havia biliões de rosas
Vermelhas, quase todas se tida jus
Houvesse no dizer, caídas, esquecidas
Entre as estantes, sobre as mesas
Acocoradas aos cantos, acetinadas
Folhas entre as demais páginas
Espelhando os sentidos nos sentires
Embora eu, ao ver-te assim repartida
Clonada pela refracção das lágrimas
Te fizesse em absoluto reflectida,
Cuidasse serem cada qual tu apenas
Noutra forma desigual às pequenas
Surgidas dos canteiros e jardins
Dos beirais, esquinas, nuvens, sebes
Alucinação de louco entre querubins
Não destrinçando minha sede das sedes
Que todas as flores, lírios, jasmins
Orquídeas, hortênsias, cravos, alecrins
Estevas, afinal, que todas por igual têm
Achando a minha maior, mais imperiosa
Como nenhuma outra, e que mais ninguém
Tivera já, ao ver em tudo e todos só rosas
Rosas, e rosas, e rosas de pétalas acesas
Simplesmente porque tu as foste ou és
Entre as estantes, os arcos, as devesas
Sentada, caminhando, sobre cadeiras
Nas muralhas, claustros e seteiras
Arrumando o carro na berma da estrada
Descendo a rua ou subindo a escada
Entrando na sala de aula na tua escola
Vindo do café, lendo revistas ou tão-só
Navegando na Net e ouvindo meu dó
Pedido não trinado por qualquer viola
Mas antes no desmedido obstinado
De um coitado ansiando pela esmola
Da tua atenção, do teu tempo e olhar
Insistindo, porém insistido no rimado
Exagero requerido de poemas a dançar
Numa roda de dizeres repetidos sem fim
Na crença tida que ao ver-te em todo lado
Tu venhas um dia, enfim, a reparar em mim.
Todavia acordado, até no quotidiano viver
Durante as tarefas como nas conversas tidas
Ao fazer as compras nos hipermercados
Quando pelo autocarro espero, subo, desço
Escrevo recados, de manhã ou ao entardecer
Avalio as escritas passadas já imprimidas
Descoso as entretelas de filmes visados
Arrumo a casa, lavo a louça, e no avesso
De mim me viro para corar o íntimo ser,
Então, continuo a ver rosas onde rosas via
Flores atrás de flores a cada hora, cada dia
Segundo a segundo a cada e todo o instante
Feitas de jade, porcelana, diamante
Esmeraldas, quartzos, pérolas, rubis
Quer nas velas sobre o oceano navegante
Quer nas serras e descampados primaveris.
Estendidas sobre toalhas das praias e areais
Na relva das piscinas campestres e barragens
Nos rios, tombadilhos de barcos, nas carruagens
Do Metro, discotecas, esplanadas, jornais
E revistas, em fotos e quadros e textos originais
De poetas inéditos como dos clássicos antigos
Que mais não escreveram do que palimpsestos
Dos meus, envelhecendo-lhe eras e contextos
Dando-lhe atmosferas idas e velhos artigos
Ou arcaicas cantigas de amigos e madrigais.
Pois bem: a essas flores, oriundas das cascatas
Das ondas, numa vaga de espuma e incenso
Tão vivazes, ríspidas, vagabundas e insensatas
Amei-as todas, por causa de uma, em que penso!
Uau!!!!!!! AMEI =D
ResponderExcluirSem palavras...'suspiros' rsrs
Se se define por uma silples cristã, aprendiz de poeta, vejo que é modesta, pois a poesia não se aprende, nasce nos olhos de quem vê com poesia, como acontece com você.
ResponderExcluirParabéns por fazer poesia!
Grande abraço do Jefhcardoso do http://jefhcardoso.blogspot.com
Olá! Saudações Literárias...
ResponderExcluirMuito bem cuidado seu espaço. Parabéns!
Sempre que eu puder voltarei.
Abraços de Luz.
Visite o ILUMINANDO A VIDA.
A ESPERA
ResponderExcluirNão perdes por esperar
Já nascestes esperando
Não custa continuar fazendo
Nesta vida Aguardando
Esperaste prá falar,
Prá andar, correr, saltar
Prá aprender o que sabes
Prá saber mais esperar
O Apressado come crú
O que em nada é agradável
O Atrasado nada come
Quando come é sobejável
A vida é uma grande espera
Quem espera sempre alcança
Algo que nos preencha
Que se guarde na Lembrança
É de bom alvitre recordar
Como foi que se esperou
Já de posse da conquista
O que por ela se pagou
Para que em nova espera
Se alcance novamente
O Ideal almejado, anelado
Que virá naturalmente
Fazendo-nos tão radiantes
Tão felizes, tão contentes
RICARDO RIBEIRO
Lindo demais, sentimento de quem esta apaixonada, e quando estamos, somos assim, deixamos que as palavras e o pensamento levem os sentimentos, principalmente na calada da noite ufa! lindo demaais. Adorei seu blog!
ResponderExcluirbjsss
:) Queridos amigos, poetas...
ResponderExcluirMuitíssimo obrigada, pelas palavras, incentivo, poesias lindas! É uma honra, um privilégio tê-los aqui!
Um abraço e beijo no coração de cada um.
;)